Nós não damos conta até nos darmos conta.
Nossa saúde biológica vai enfraquecendo com o decorrer do tempo. Perdemos velocidade nas pernas, perdemos força nos braços, perdemos viscosidade na pele, e assim por diante. É o ciclo da vida. Somos elementos do grande ciclo da vida do universo. Nascemos, crescemos e um dia morreremos.
A boa notícia – além daquela ligada ao crescimento da sabedoria e da capacidade de desenvolver reflexões melhores com o decorrer do tempo (se estivermos, claro, dispostos a aprender continuamente) – é que é possível prolongar a existência de uma vida saudável com cuidados rotineiros básicos, que muitas vezes nos passam despercebidos. E nos passam despercebidos por simplesmente não estarmos conscientes da importância de, primeiro, pararmos e desacelerarmos desse ritmo absurdo que a sociedade nos impõe; e, segundo, desenvolvermos comportamentos que nos façam saudáveis o maior tempo possível.
E é aqui que se situa a necessidade de manter uma saúde visual dos olhos em dia, principalmente nos dias atuais, em que passamos a maior parte do tempo em frente a telas que emitem luzes. Inclusive agora, quando você está lendo esse artigo.
Nunca na história da humanidade o ser humano passou tanto tempo em frente a equipamentos eletrônicos que emitem luzes. Mesmo em momentos em que, em teoria, deveríamos não estar direcionando nossos olhos para objetos que emitem luz, ainda assim o fazemos. Não olhando uma lâmpada, claro, mas é como se fosse; e os efeitos são tão prejudiciais quanto, ou até piores, uma vez que envolvem não apenas a saúde visual dos olhos, mas também a saúde mental e emocional.
Mesmo em restaurantes, aviões, parques públicos e, pasmem, andando, as pessoas não prestam mais atenção no mundo físico e real que está ao seu redor: comidas e pessoas, árvores e lagos e paisagens naturais etc., mas sim em objetos que emitem luzes: os smartphones.
Problemas decorrentes do excesso à exposição dos olhos a monitores de computador, tablets e celulares aparecem na forma de miopias, astigmatismos e dificuldades de toda ordem de prestar atenção ao que o outro está falando. A saúde enfraquece, o emocional vai pro ralo. O que fazer, diante de uma situação tão ruim assim?
Há várias medidas que podem ser adotadas, dentre as quais citam-se as abaixo:
- Se você trabalha diante de um computador, faça intervalos regulares que proporcionem descanso visual. Por exemplo, saia da frente da tela a cada 50 minutos de trabalho ou estudo;
- Nesses momentos de descanso visual, aponte seus olhos para ver objetos e paisagens que se situem a uma distância grande, por exemplo, 800 metros. Por quê 800 ou não 500, ou não 1 km? Qualquer número está valendo, o mais importante é relaxar os músculos que envolvem os olhos;
- Pisque regularmente: essencial para manter a lubrificação dos olhos;
- Ajuste a altura do monitor para a altura dos olhos: nem muito acima, nem muito abaixo. Isso acaba ajudando também na postura e evitando dores no pescoço;
- Exames médicos regulares: evidentemente, é essencial se consultar com um profissional médico habilitado, que poderá lhe passar orientações personalizadas de acordo com seu grau de saúde visual dos olhos.
Esse episódio do podcast Huberman Lab (em inglês, mas com legendas em português) é excelente e fornece várias dicas adicionais sobre como melhorar a visão.
Conclusão
Nossos olhos são nossa janela para explorar o mundo. Vale a pena dedicar alguns minutos todos os dias para a realização de rotinas visando à manutenção da saúde de seus olhos, ainda mais nos tempos atuais, em que olhamos tanto tempo para objetos que emitem luzes que vão diretamente para os olhos, com potencial de, se essa exposição não for autocontrolada, causarem danos físicos ao corpo humano.
Boa semana!17
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