A vida é um continuum, certo?
Trabalhamos (ou estudamos) durante o dia, retornamos para a casa à noite, dormimos, e, no dia seguinte, a jornada se repete.
E ela se repete semana após semana, mês após mês, com todos os eventos programados no relógio da vida: daqui a pouco vem Natal, depois Ano Novo, depois férias de janeiro, depois Carnaval… e assim os ciclos vão se realizando, um após o outro, de forma quase automática.
Temos planos, formulamos metas – principalmente aquelas de começo de ano – fazemos programações, tudo com base no contexto de uma série de eventos contínuos, de que a vida “não pode parar”. Será mesmo?
E se você tivesse a oportunidade de quebrar a rotina de sua vida? De fazer algo completamente fora do usual. De ficar um período prolongado para visualizar a vida de uma perspectiva mais ampla. E, a partir daí, analisar se vale a pena continuar rodando a vida nos termos em que você fazendo, ou se é hora de experimentar novos modos de agir em relação a ela (vida).
É nesse panorama que surge a ideia do período sabático. De acordo com a Wikipedia:
Período sabático é o resto de um trabalho, ou uma interrupção, variando frequentemente de dois meses a um ano. O conceito de sabático tem uma fonte em shemitá, descrita em diversas passagens da Bíblia.
História
Ao longo do tempo, “período sabático” passou a significar qualquer ausência prolongada na carreira de uma pessoa, a fim de atingir algum objetivo. Em sentido moderno, um “período sabático” ocorre tipicamente a fim de ser atingido algum objetivo, por exemplo escrever um livro ou viajar em pesquisa. Algumas universidades ou outras instituições que empregam cientistas, físicos e acadêmicos oferecem a oportunidade de qualificação via “período sabático” pelos empregados.
Períodos mini sabáticos
Mas alguém deve estar se perguntando: eu não posso me dar ao luxo de tirar um ano inteiro de “férias”. Sou empregado de uma empresa, tenho no máximo 30 dias de férias por ano e o dinheiro não dá pra ficar à toa durante muito tempo.
Nesse caso, é possível se valer de períodos mini sabáticos. Por exemplo, tirar os 30 dias de férias de uma só vez, ou então juntá-los com as férias pendentes de anos anteriores; ou mesmo negociar com o empregador um período maior de licença, sem remuneração.
A ideia é você se desconectar para refletir. E gerar reflexões de maior acuidade e sem a preocupação de ter que cumprir uma tarefa de trabalho para amanhã ou para semana que vem.
Muitas pessoas tiram esses períodos para reflexão indo morar temporariamente em outros locais geográficos, para a cabeça “dar uma sacudida” e ver novas maneiras de se viver uma vida. Isso é muito comum, como disse a Wikipedia, em universidades e instituições de ensino e pesquisa.
Mas não é preciso ser professor, nem muito menos viajar para outro local, para tirar proveito dos períodos sabáticos ou mini sabáticos.
O importante é você descansar um período mais prolongado do trabalho, a fim de reavaliar suas escolhas pessoais e profissionais. E se questionar: será que esse trabalho está me satisfazendo e me levando aonde eu quero estar daqui a 10, 20 anos? Há outras profissões ou trabalhos que eu posso realizar, a fim de ter uma vida com mais qualidade?
Conclusão
Dar um break no trabalho, e no modo quase automático com que você conduz as tarefas do dia a dia, pode ser muito útil para você ter a coragem de tomar novos rumos em sua vida.
Se não é possível um ano inteiro sabático, tire proveito de períodos mini sabáticos, e analise a viabilidade desse tipo de ação em sua vida.
Pode fazer muito sentido, para você se revigorar e buscar novos caminhos para suas ações.
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