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[Guest post] Como Investir em Ações: 10 Dicas Avançadas para turbinar Seus Retornos – Dicas 4 a 6

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[Guest post] Como Investir em Ações: 10 Dicas Avançadas para turbinar Seus Retornos – Dicas 4 a 6

Dando continuidade à série de artigos iniciada na semana passada, no texto de hoje, também escrito pelo convidado Marco Verdile, serão abordadas mais 3 dicas avançadas sobre como investir em ações.

Confiram!

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4. Diversificação Setorial e Geográfica

Embora eu tenha meus setores preferidos para investir, compreendi que a chave para um portfólio saudável e resiliente está na diversificação. Além de espalhar investimentos por diferentes setores, eu também percebi a importância de olhar para além do meu mercado local. Investir em ações em mercados internacionais abriu um leque de oportunidades para mim, não apenas para o crescimento, mas também como uma forma de proteção contra os revezes econômicos que podem afetar o mercado do meu país.

A XP Investimentos, por exemplo, tem facilitado bastante esse processo. Eles tornaram mais simples para investidores como eu abrir contas de investimento internacionais, especialmente com a base que possuem em Miami. Isso foi um divisor de águas para mim. O fato de poder gerenciar tudo pelo mesmo aplicativo de celular que uso para minha conta local é incrivelmente conveniente. Além disso, a possibilidade de operar com um capital mais acessível na conta internacional tornou a diversificação geográfica uma opção viável para investidores que não têm grandes somas para iniciar.

No entanto, ainda enfrento desafios, principalmente com as taxas de câmbio envolvidas nas remessas de dinheiro para fora e para dentro do país. Estas taxas, que giram em torno de 2%, podem parecer pequenas, mas definitivamente afetam o retorno total dos meus investimentos internacionais. Apesar desses custos, o benefício de diversificar geograficamente meu portfólio e proteger meus investimentos contra eventos adversos locais supera os inconvenientes.

Aprofundando um pouco mais nesse tema, é fascinante ver como o mercado internacional oferece uma variedade tão grande de opções, desde mercados emergentes cheios de potencial de crescimento até economias estabelecidas que proporcionam uma certa estabilidade e segurança. Investir globalmente também me expôs a moedas mais fortes, o que pode ser uma vantagem adicional em tempos de desvalorização da moeda local. Isso reforça a minha crença na diversificação não apenas como uma estratégia de investimento, mas como um pilar para construir um portfólio verdadeiramente global e resiliente.

5. Foco em Inovação e Disrupção

 Sempre me fascinou a ideia de que empresas no auge da inovação ou que estão sacudindo os alicerces de mercados tradicionais frequentemente se traduzem em oportunidades de investimento lucrativas. Meu radar está sempre ligado para setores como tecnologia, saúde e energias renováveis, pois acredito firmemente que são áreas onde o potencial de crescimento é imenso.

Refletindo sobre as palavras de Joseph Schumpeter, um economista que sempre admirei, ele argumentava que as inovações tecnológicas são o coração pulsante do desenvolvimento capitalista. Incorporando essa perspectiva à minha estratégia de investimento, entendi que se uma empresa não está constantemente buscando inovar e se diferenciar, ela está, de certa forma, caminhando para a estagnação. Schumpeter colocava isso de uma maneira que ressoa profundamente comigo: sem inovação, uma empresa não possui um diferencial competitivo sustentável e, consequentemente, está destinada a ver seu lucro econômico regredir a zero a longo prazo.

Dessa forma, me vejo sempre buscando empresas que não apenas estão inovando, mas que estão redefinindo seus mercados. Acredito que essas empresas não só estão pavimentando o caminho para o futuro, mas também oferecendo oportunidades de investimento que podem trazer retornos substanciais.

Aprofundando um pouco mais, a inovação e a disrupção não são apenas sobre a tecnologia em si, mas também sobre como ela pode ser aplicada para resolver problemas reais, melhorar vidas e proteger nosso planeta.

Assim, seguindo o conselho de Schumpeter, eu me esforço para identificar e apoiar aquelas empresas que estão não só inovando, mas realmente mudando o jogo. Isso, para mim, não é apenas uma estratégia de investimento; é uma aposta no progresso e no potencial humano para criar um futuro melhor.

6. Análise Técnica Para Timing

Desde que comecei minha jornada no mundo dos investimentos, sempre estive inclinado a confiar na análise fundamentalista. Para mim, essa abordagem não só oferece uma base sólida para tomar decisões de investimento, como também ajuda a evitar armadilhas que podem prejudicar os investidores menos atentos. No entanto, com o passar do tempo e a acumulação de experiência, percebi o valor inestimável da análise técnica, especialmente quando se trata de definir o timing ideal para entrar ou sair de uma posição no mercado.

No início, eu era um fiel defensor da ideia de que o preço de um ativo reflete todas as informações necessárias para tomar uma decisão de investimento. Essa crença é uma pedra angular da análise técnica. Contudo, um insight crucial que adquiri ao longo dos anos é que, se as informações fossem de fato acessíveis a todos de maneira igual e no mesmo instante, as distorções de mercado, que são oportunidades de lucro, simplesmente não existiriam. A existência de tais distorções, que os traders chamam de arbitragem, prova que o mercado não é perfeitamente eficiente. Operadores de mercado têm lucrado com essas ineficiências ao longo da história, especialmente em mercados menos regulados ou em diferentes geografias, onde a disseminação da informação não é instantânea.

Dessa forma, comecei a ver a análise técnica sob uma nova luz. Essa abordagem não substitui a análise fundamentalista na minha estratégia de investimento, mas a complementa de maneira significativa. A análise técnica me permite identificar padrões de preço e volume de negociação que, embora não garantam resultados, fornecem pistas valiosas sobre o comportamento dos mercados. Essas pistas podem ser cruciais para decidir o momento certo de comprar ou vender um ativo, maximizando potenciais ganhos e minimizando perdas.

Aprofundando um pouco mais, a análise técnica também me ensinou sobre a psicologia do mercado. Gráficos e padrões não são apenas reflexos de movimentos de preços; eles são também manifestações de medo, ganância, e outras emoções humanas que influenciam o mercado. Reconhecer esses padrões não apenas me ajudou a entender melhor os movimentos do mercado, mas também a controlar minhas próprias reações emocionais ao investir.

Portanto, ao integrar a análise técnica à minha abordagem fundamentalista, não estou apenas procurando o melhor momento para agir. Estou também aprimorando minha compreensão do mercado como um todo, tornando-me um investidor mais completo e resiliente.

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Redação: Marco Verdile

Verdile é Assessor de investimentos pela XP Investimentos, Especialista em renda variável, Economista pela PUC-SP e Matemático pela USP, pós graduado em Financal Analysis por Harvard.

No próximo post, traremos as dicas 7 a 10. Não percam!

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